A reunião plenária do Conselho Empresarial Brasil-Argentina (Cembrar), que ocorreu na última quinta-feira (10/06), tem o desafio de trazer à mesa de discussão um plano de trabalho para encontrar soluções aos desafios enfrentados nos negócios entre Brasil e Argentina.
Coordenado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Cembrar foi criado em 2016 para ser o espaço de discussão das prioridades do setor privado na relação comercial entre os dois países.
Tanto Brasil quanto Argentina enfrentam desde o início da pandemia de Covid-19, em um cenário complexo, com maiores restrições econômicas, vulnerabilidade social e reformas estruturais pendentes. Segundo o relatório Competitividade Brasil 2019-2020, realizado pela CNI, Brasil e Argentina posicionam-se nas últimas posições do ranking de competitividade geral entre 18 economias selecionadas.
A pauta do Conselho se baseia em dois eixos: bilateral e regional. Há ações específicas para o estreitamento comercial entre Brasil e Argentina. Atualmente, a Argentina é o 3º principal parceiro comercial brasileiro, com participação de 4,4% na corrente comercial de 2020. Entretanto, observa-se uma queda nas exportações brasileiras desde 2017. É necessário maior pragmatismo para a retomada do crescimento da agenda bilateral.
Durante a plenária, foram apresentadas aos membros do Conselho as prioridades para a Facilitação de Comércio, entre elas, o estabelecimento de um comitê bilateral público-privado para executar o plano de trabalho do Memorando de Entendimento para Facilitação de Comércio, assinado por Brasil e Argentina, em 2020.
Nesse plano de trabalho também há ações como a assinatura do Acordo de Reconhecimento Mútuo entre os programas de Operador Econômico Autorizado (OEA) brasileiro e argentino; a implementação e internalização dos Sistemas de Janela Única de ambos os países; a adoção de documentos e padrões eletrônicos reconhecidos internacionalmente para processos aduaneiros mais práticos e modernos; e a eliminação de barreiras comerciais impostas para a exportação de produtos.Para a agenda regional, sendo o Brasil e a Argentina os principais parceiros comerciais do Mercosul, há ações específicas para o fortalecimento e desenvolvimento do bloco. Em março deste ano, o Mercosul completou 30 anos desde a assinatura do Tratado de Assunção.
Fonte:Confederação Nacional da Indústria – CNI