Depois da pior crise hídrica em 91 anos, o Brasil está exportando energia elétrica para a Argentina, de acordo com o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Luiz Ciocchi. A Argentina solicitou a importação de 150 megawatts (MW), depois 300 MW, subindo para 500 MW, 1.000 MW e agora 1.500 MW, que foram fornecidos durante algumas horas para o país vizinho.
No ano passado, em meio à estiagem, o Brasil importou eletricidade da Argentina, para garantir o abastecimento. Em meio a uma intensa onda de calor, que ultrapassou 40 graus Celsius, uma queda de energia afetou cerca de 600 mil usuários no norte e sul da região metropolitana de Buenos Aires na última terça-feira (11/01). O serviço foi interrompido depois que a demanda de eletricidade ultrapassou 27 mil MW.
Por causa da demanda elevada, da mesma forma como ocorreu com o Brasil no ano passado, o governo da Argentina pediu nesta quinta-feira (13/01), que houvesse redução no consumo de energia na indústria e em órgãos de administração pública, a fim de evitar apagões como o de última terça-feira. Mas, de acordo com Ciocchi, a crise argentina é bem diferente da que o Brasil atravessou em 2021, por causa da crise hídrica.
O intercâmbio energético entre Brasil, Argentina e Uruguai vem sendo utilizado há muito tempo, com sucesso, pelos três países, afirmou Ciocchi. Assim como no ano passado, os dois países poderão voltar a exportar energia para o Brasil este ano, no período seco do Centro-Sul (abril a outubro), já que a crise de agora na Argentina é pontual.
Fonte:ESTADÃO