Beijing – A China intensificará os esforços visando expandir a rede de área de livre comércio em todo o mundo para ampliar seu “círculo de amigos”, anunciou o ministro do Comércio, Zhong Shan.
Depois de assinar a Parceria Econômica Abrangente Regional (RCEP, na sigla em inglês), o acordo de livre comércio China-Camboja entrará em vigor o mais breve possível e a China acelerará as negociações do acordo de investimento com a Europa, revelou Zhong em um artigo assinado publicado nesta terça-feira no Diário do Povo.
Zhong também pediu esforços para atualizar os pactos comerciais existentes com a ASEAN, Cingapura, República da Coreia (ROK) e Nova Zelândia, e facilitar as negociações dos acordos de livre comércio China-Japão-ROK, China-Conselho de Cooperação do Golfo, China-Noruega e China-Israel.
Com a RCEP atingindo um nível mais elevado em áreas como procedimentos alfandegários e facilitação do comércio, proteção à propriedade intelectual, comércio eletrônico e defesa comercial, a China participará ativamente do diálogo e da comunicação com mais economias grandes e mecanismos de comércio regional, disse ele.
Cobrindo um mercado de 2,27 bilhões de pessoas e um PIB combinado de US$ 26,2 trilhões, os signatários da RCEP, que respondem por cerca de um terço da economia mundial, se tornarão um grande mercado integrado.
Considerando a assinatura da RCEP um “marco” na busca da abertura da China, Zhong afirmou que o acordo manifesta a sinceridade e o compromisso do país em abrir seu mercado.
A importação e a exportação de mercadorias entre a China e outros membros da RCEP, cujo valor exceda US$ 1,4 trilhão anualmente, estarão sujeitas a tarifas preferenciais após a implementação da RCEP.
Ao mesmo tempo, a China também se comprometeu a abrir mais de 120 setores de serviços, incluindo pesquisa e desenvolvimento e assistência a idosos, 22 a mais do que o número de setores que o país havia concordado em abrir após sua adesão à Organização Mundial do Comércio.