China anuncia contramedidas às tarifas de Trump e diz que não há vencedor na guerra comercial e tarifária

Beijing – A China lamenta e se opõe firmemente à decisão dos EUA de impor uma tarifa adicional de 10% sobre as importações da China e tomará as contramedidas necessárias para defender seus direitos e interesses legítimos, disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China no domingo.

“A posição da China é firme e consistente. Não há vencedores em guerras comerciais e tarifárias”, enfatizou o porta-voz, acrescentando que os aumentos unilaterais de tarifas dos EUA violam gravemente as regras da OMC. Tal medida não pode resolver os problemas internos dos EUA e, mais importante, não beneficia nenhum dos lados, muito menos o mundo.

De acordo com o porta-voz, a China é um dos países mais rigorosos do mundo em questões de combate ao narcotráfico, tanto em termos de política quanto de implementação. O fentanil é um problema para os Estados Unidos. No espírito de humanidade e boa vontade, a China tem dado apoio aos Estados Unidos em sua resposta a essa questão.

A pedido dos EUA, a China anunciou em 2019 a decisão de classificar oficialmente as substâncias relacionadas ao fentanil como uma classe. A China é o primeiro país do mundo a fazer isso, afirmou o porta-voz, acrescentando que a China se envolveu em uma ampla cooperação antinarcóticos com os EUA. “As conquistas que obtivemos estão aí para todos verem”.

Os Estados Unidos devem considerar e resolver sua própria questão do fentanil de forma objetiva e racional, em vez de ameaçar outros países com aumentos arbitrários de tarifas. Tarifas adicionais não são construtivas e podem afetar e prejudicar a cooperação antinarcóticos entre os dois lados no futuro, alertou o porta-voz.

“A China pede aos Estados Unidos que retifiquem seus atos ilícitos, mantenham a dinâmica positiva duramente conquistada na cooperação contra o narcotráfico e promovam um desenvolvimento estável, sólido e sustentável da relação entre a China e os EUA”, manifestou o porta-voz.

(*) Com informações da Agência Xinhua